Ex.mo Senhor Presidente
da Assembleia Municipal,
Ex.mo Senhor Presidente
da Câmara Municipal,
Ex.mos Membros da
Assembleia e Vereação,
Ex.mos Presidentes de
Junta de Freguesia, e demais Autarcas,
Entidades Civis e
Militares,
Convidados,
Comunicação Social,
Minhas Senhoras e Meus
Senhores.
Ao celebrar esta data, cumpre-se
uma vez mais, a homenagem ao nosso Santo Padroeiro, São Vicente, mas também se
homenageiam todos aqueles que, de uma forma de maior visibilidade ou no
anonimato, lutaram por estas terras e defenderam o seu desenvolvimento.
Comemorar esta data e participar
nesta sessão solene deve ser também um exercício de consciência, um dever de
cidadania, o de reflectir sobre o passado, avaliar o presente e contribuir para
o que deve ser o futuro. Importa pois, que sóbria e firmemente nos alheemos do
espírito de festa e de falsa unanimidade que estas sessões solenes propiciam.
Sendo esta a última sessão solene
deste mandato, consideramos que a ocasião proporciona um balanço, ainda que
genérico, sobre a realidade actual e que deixemos aqui a nossa visão do que é
hoje a situação do Município de Vila do Bispo.
Sejamos coerentes: por muito que
nos queiram convencer que a decadente conjuntura económico-social do país se
deve à crise do subprime e das
dívidas soberanas, sabemos todos muito bem que ela existe, mas foi em larga
escala agravada em Portugal, sobretudo, fruto do resultado de desvarios e
irresponsabilidades dos últimos anos dos Governos do Partido Socialista!
Quanto ao nosso Município, dirão
os mais distraídos, que estamos também a pagar o preço da crise, dos
especuladores financeiros, das agências de rating,
dos ataques subversivos á economia, etc.. Ora, como não somos, nem andamos
distraídos, nos últimos três anos de gestão autárquica, temos que dizer que a
situação financeira da autarquia mais não é que o resultado de três anos de
gestão ruinosa, de irresponsabilidade e de inabilidade politica do executivo
liderado pelo presidente Adelino Soares, em suma, de uma clara incompetência
para gerir os destinos do Município.
Embora já lá vão os anos da
Governação Socialista, os mesmos que deixaram marcas e feridas profundas que
levarão décadas a sarar, verificamos que o modus
operandi da gestão socialista em Vila do
Bispo é característica daquele partido, são as duas faces da mesma moeda, tanto
na postura como na irresponsabilidade na gestão da coisa pública.
Em jeito de balanço, e
relembrando alguns factos, começamos por recordar que o executivo é composto
por uma maioria conseguida na secretaria, que não corresponde minimamente aos
resultados sufragados nas urnas… e, parecendo um pormenor de somenos
importância, foi um facto que marcou, quanto a nós pela negativa, a vida deste
Município nos últimos 3 anos.
Esta situação levou a que fossem
tomadas as decisões de gestão mais erradas que há memória, como por exemplo a
atabalhoada, para não lhe chamar criminosa, aquisição do Monte de Santo
António, a novela sem capítulo à vista do Forte do Beliche e o mistério que
ainda paira sobre o negócio do Pinhal da Samouqueira.
Ouvimos durante três anos várias
explicações e desculpas que, do ponto de vista do presidente Adelino Soares,
justificariam o estado das contas da autarquia. Ouvimos sempre as mesmas
desculpas e acusações já gastas, com as dívidas das obras do mandato anterior.
A verdade é que todas essas obras eram co-financiadas, de uma forma ou outra,
por fundos comunitários ou fundos próprios com alienação de património
construído para o efeito. Financiamentos esses que foram arrecadados, em grande
medida, pelo actual executivo. Ainda assim, e sem obras de monta a registar,
inacreditavelmente, a dívida da autarquia prevê-se que triplique até ao final
do mandato!
Na óptica curta e míope do actual
executivo todo e qualquer investimento feito no mandato anterior foi um erro de
gestão do executivo anterior, ignorando o salto qualitativo e quantitativo que
o concelho deu na última década, tanto em termos de habitação (que tem rendido
avultados proveitos aos cofres geridos por este executivo) como em termos da
modernização do parque de máquinas e viaturas (que tanto jeito tem dado para
solucionar os problemas de mobilidade da população).
Já para não falar da arma de
arremesso que tem sido o Lar e Creche de Budens, um equipamento único, moderno
e de uma utilidade indiscutível no aumento da qualidade de vida do Município.
Tanta tinta tem corrido sobre este equipamento e muita ainda há-de correr.
Diz
o actual executivo que foi perdida a candidatura para o financiar, mas não é
menos verdade que também não mexeu uma palha para o fazer quando ainda tinha
tempo.
Diz o actual executivo que o edifício foi construído com um erro de
implantação, mas recebeu-o do empreiteiro, sem contestar. Porquê? Seria pela
urgência na sua abertura? Ou pela urgência na entrega à Santa Casa da
Misericórdia? Sim, porque a Câmara fez a recepção provisória da obra em Agosto
de 2010 e que se saiba, não há qualquer anotação de deficiência ou erro no
respectivo auto.
A situação é, assim, demasiado preocupante e já não há margem
para continuarmos por este caminho. É preciso afirmar com clareza e altivez que
este caminho não é o que foi levado a sufrágio, que é um caminho errado e que
vai custar muito caro a quem já não pode mais ajudar. O discurso, ao fim de
três anos, ficou gasto. O município não precisa de quem se esconde por trás de
desculpas de alegados erros, precisa de quem saiba o que está certo!
Qual Costa Concordia, a lei
determina ser o Comandante o principal responsável por desvios à navegação para
“cumprimentar” um amigo, com planos cartográficos desajustados da realidade,
porém, a Moral e a Ética trazem-nos à colação a responsabilidade dos restantes
membros da tripulação, quer a bordo quer em terra.
Por último, não esperem da nossa
parte o apoio ao branqueamento das decisões de responsabilidade duvidosa, em
tentativas de contorno obscuro da lei, no desrespeito às instituições judiciais
do controlo financeiro.
Podem sim, contar com o nosso empenho na procura de
soluções para a difícil situação financeira para onde está a caminhar a nossa
autarquia e para isso o PSD sempre esteve e estará apto para assumir a sua
posição.
E não fosse a falta de RIGOR,
TRANSPARÊNCIA e VERDADE terminaríamos por aqui, porém…
Sobre a tão propagandeada dívida
alguns quesitos importa colocar:
- 2 Milhões às Águas do Algarve.
– Quem contraiu esta dívida? Se é de 2010 em diante, a que executivo pertence?
- O,8 milhões à Suma. – Se esta
divida foi contraída desde 2010 até agora. Qual foi o executivo que a contraiu?
- 1,780 Milhões à Banca, (em que
600.000 euros foram utilizados pelo actual executivo para pagar os 40% da
Requalificação Urbana). - Então este executivo utiliza o empréstimo para pagar
as obras e a dívida é do anterior?
- 90.000 euros à Alves Bandeira.
– A que executivo pertence?
A dívida do executivo anterior
que tanto fala para justificar a sua própria incapacidade.
Foi o executivo anterior que
deixou a Câmara endividada ou foi o Município que ficou em dívida com o
trabalho feito pelo executivo anterior?
Senão vejamos:
- Blocos de habitação – 1,2
milhões de euros de património;
- 12 Lotes de Barão de S. Miguel
e requalificação urbana envolvente (300.000 euros de dívida e 500.000 euros de
património);
- 9 Moradias na Vila do Bispo –
675.000 euros;
- 2 Lojas na Vila do Bispo –
70.000 euros;
- 1 Lote em Sagres – 45.000
euros;
- Estrada da Boca do Rio –
Burgau;
- Requalificação da Pedralva;
- Requalificação da Figueira;
- Requalificação de Vale de Boi;
- Lotes na Vila do Bispo e
protocolo com o MAI – Ministério da Administração Interna para a construção do
novo Quartel da GNR;
- Posto da Guarda Fiscal da
Salema;
- Estrada Raposeira – Zavial;
- Lar e Creche de Budens;
- Requalificação da Salema;
- Rua da Extrema em Burgau;
- E mesmo a Electrificação Rural
que tanto se gaba ainda tem a mão do executivo anterior;
Sr. Presidente, esta é a dívida que
recebeu do executivo anterior.
Ou seja, esta é a dívida que o
Município tem com o executivo anterior, porque sem ele nenhuma destas
infra-estruturas e equipamentos estariam hoje ao serviço da população, porque
este executivo nunca teria a capacidade para o fazer.
De salientar a actual dívida que,
já publicamente, pelo menos por duas vezes, referiu o Sr Presidente, em actos
públicos, ser actualmente de €15.500.000,00 (quinze milhões e quinhentos mil
euros), quando a que herdou era de 4,8 milhões.
QUE 2013 SEJA, A TODOS OS NÍVEIS,
UM ANO DE MUDANÇAS E ESPERANÇA NO FUTURO.
Vila do Bispo, 22 de Janeiro de
2013
3 comentários:
À valente Fernando Cortes, diz-lhes como é e como foi.
Viva o PSD
Falta pouco, força e coragem o povo está com vocês.
Quem fala assim não é gago ,foi pena não teres referido os Bombeiros ,pois essa foi uma obra dele .
ass Jose Duarte
mais um psd que tem estado impecavel. é isso mesmo. parabens cortes
vá-lá malta em outubro corram com a escumalha
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