Como assunto mais importante discutido nestes dois órgãos, destacamos a proposta colocada à deliberação pelo Presidente da Câmara, Adelino Soares, no sentido de fixar a taxa de IMI relativa a prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, nos 0,4%. Recordamos que na reunião de Câmara do dia 04 de Outubro de 2011 tinha sido deliberado fixar esta mesma taxa em 0,3% para o ano de 2012.
O Vereador do PSD e a Bancada do PSD votaram contra esta proposta, porque o PSD/Vila do Bispo entende que apesar do Governo, por imposição da “Troika”, ter proposto alterações ao limite mínimo e máximo deste imposto, o valor de 0,3% aprovado em Outubro passado era suficiente para a realidade do município e estava conforme e ajustado aos novos limites impostos pela “Troika”.
Consideramos ainda que alterar a Taxa de 0,3% para 0,4% reflecte um aumento de mais de 30% na mesma, e que tendo em conta a actual situação sócio-económica a que os contribuintes do Município de Vila do Bispo estão sujeitos, este aumento é inaceitável.
Consideramos ainda que alterar a Taxa de 0,3% para 0,4% reflecte um aumento de mais de 30% na mesma, e que tendo em conta a actual situação sócio-económica a que os contribuintes do Município de Vila do Bispo estão sujeitos, este aumento é inaceitável.
A proposta de aumento da taxa foi aprovada na Câmara Municipal por maioria, com o voto contra do vereador do PSD, Nuno Rio, o vereador do MDI não compareceu à reunião, nem se fez representar. Na Assembleia Municipal foi aprovado por maioria com os votos contra do PSD e do MDI e a abstenção do Presidente da Mesa da Assembleia Municipal.
Destacamos ainda na Assembleia Municipal, dois assuntos, o relatório da Comissão de Acompanhamento da AHBVVB e o Reconhecimento de Interesse Público do terreno para a Construção do novo Cemitério de Sagres.
Quanto ao relatório da Comissão de Acompanhamento da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, o mesmo foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, MDI, do Presidente da Junta de Freguesia de Barão de S. Miguel e do Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, que utilizou o voto de qualidade para desempate. Neste ponto da ordem do dia, o Partido Socialista apresentou uma proposta no sentido da Câmara Municipal transferir mais verbas para os Bombeiros, o PSD absteve-se nesta votação por entender que a proposta apresentada não era mais do que uma manobra para adiar a discussão e a aprovação do relatório e uma tentativa do PS “lavar as mãos” relativamente à atitude que teve na anterior Assembleia Municipal e porque a mesma não refletia mais do que a proposta apresentada e aprovada na sessão anterior pelo MDI e as recomendações apresentadas no relatório da Comissão.
Quanto ao Reconhecimento de Interesse Publico do terreno para construção do Cemitério de Sagres, o PSD absteve-se, apesar de reconhecer que é de extrema importância a construção de um novo cemitério em Sagres, porque o atual está praticamente lotado.
O que nos levou a abster foram os seguintes motivos:
1- Não foram anexados à informação os pareceres das várias entidades consultadas, nomeadamente o parecer do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, ICNB, porque no parecer dos serviços da Câmara Municipal no ponto 3 diz, “Esta Câmara Municipal procedeu a consulta ao Instituto da Conservação da natureza e da Biodiversidade. IP., tendo submetido a sua apreciação “pedido prévio de viabilidade para ampliação de cemitério em Vila do Bispo”, no terreno em causa.
A informação nº9893 e 5549/AJZ/2011 do ICNB, responde favoravelmente ao pedido de viabilidade.
A nossa dúvida prende-se com o facto do parecer solicitado ao ICNB ser para ampliar um cemitério em Vila do Bispo e o que realmente nós estávamos a aprovar era a o interesse público para a construção de um novo cemitério em Sagres.
2- A deliberação que a Assembleia ia tomar tinha como principal objetivo enviar o pedido para a Entidade Regional da Reserva Agrícola do Algarve, uma vez que o terreno encontra-se na Reserva Agrícola Nacional, pretendendo-se a sua desafetação.
3- Não foram feitos análises ao terreno para verificar se o mesmo tinha aptidão para cemitério, o que é obrigatório em qualquer situação.
4- A Câmara não tem nenhum compromisso de compra e venda com o proprietário do terreno, apenas refere no parecer dos serviços da Câmara que “o proprietário do terreno em causa demonstrou disponibilidade para o alienar, caso este reúna os pareceres favoráveis de todas as entidades intervenientes”. Nada nos garante que, depois da câmara Municipal obter todos os pareceres favoráveis, o proprietário do terreno o venha a alienar à Câmara Municipal e, caso aconteça, que o seu valor não venha a ser inflacionado.
Assim, devido às dúvidas referidas anteriormente e ao facto do Sr. Presidente da Câmara Municipal não ter fornecido a documentação suficiente, nem prestado os esclarecimentos solicitados, só nos restava abster nesta votação, uma vez que nada nos garante que o cemitério possa ser construído naquele local e que todo este processo não seja apenas mais uma manobra para libertar o terreno ( privado ) das várias condicionantes que neste momento dispõe ( Parque Natural e Reserva Agrícola Nacional).
O PSD/Vila do Bispo
4 comentários:
Ora ai está MAIS uma manobra de gente séria.
Basta ler as propostas apresentadas na Assembleia e o comunicado de 2005 do proprietário aos moradores do Bairro da Liberdade para se puder aferir da VERDADE e HONESTIDADE de tais personagens.
Será que o "punho/cerebro" que redigiu ambos os 3 documentos foi o mesmo?
Na volta está certo!
Há quem passe por cima dos vivos dos crentes e dos mortos para alcançar os seus fins!
E este tem feito um pouco de tudo!!!!!!!
E o aumento de impostos é para pagar que obras? De que projectos?
Ou é apenas para "comprar" mais uma herdade abandonada?
DEVE SER PARA PAGAR O DINHEIRO QUE ROUBARAM NOS BOMBEIROS~, PARA EVITAR O DESPEJO.
OLHINHOS ABERTOS OPOSIÇÃO, PORQUE PARA DESVIO DE DINHEIROS JÁ BASTOU O DOS BOMBEIROS.
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