2- O comunicado do PS diz que a Licença de Utilização não é necessária para a assinatura do protocolo e descerramento da placa. O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo diz, na comunicação social, que a Licença só é necessária quando os bombeiros ocuparem as instalações, afinal em que ficamos?
O que ia acontecer no dia 18 de Julho? A inauguração do quartel? A assinatura de um protocolo? Ou simplesmente o descerramento de uma placa?
3- Se os bombeiros não iam ocupar ainda as instalações, qual era o objectivo em fazer a inauguração? Porquê inaugurar agora e não no dia 21 de Março passado, como estava previsto, pelo Sr. Presidente da Associação dos Bombeiros? Ou há dois anos atrás quando o quartel ficou, aparentemente, construído? A resposta que temos para esta questão é que agora estamos mais perto das eleições autárquicas, e o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, que é ao mesmo tempo, presidente da Concelhia do PS e candidato à Câmara Municipal de Vila do Bispo, queria fazer campanha eleitoral com os dinheiros públicos e utilizar uma instituição, a Associação dos Bombeiros Voluntários, como “propaganda” para a sua Campanha Política, esquecendo-se do mais importante. O bem-estar dos próprios bombeiros e do serviço a prestar à população.
4- O PS afirma que “ao contrário do que se faz passar, não há nenhuma ilegalidade, mas apenas uma tentativa de condicionamento político e aproveitamento eleitoral por parte do presidente da Câmara”.
Se está tudo legal, porque é que o Sr. Ministro não veio? Porque é que passados, quase, dois anos do quartel estar construído ainda não foi pedida a vistoria e a Licença de Utilização? O quartel já é propriedade dos bombeiros? Já foi feito o auto de recepção da obra? Se não foi feito, iam inaugurar uma obra que não lhes pertence ainda? Porque é que a licença de construção, emitida em 07/01/2005 caducou em 07/01/2007 e não foi pedida a prorrogação do prazo? Em relação à última questão, será que não prorrogou a licença premeditadamente, para a Câmara Municipal embargar a obra e o Sr. Adelino Soares, fazer-se, mais uma vez, de vítima? Ou foi simplesmente falta de competência?
5- O PS afirma que o presidente da Câmara “empenhou-se em atrasar aprovações técnicas, autos de medição e pagamentos para a construção do novo quartel”.
No ano de 2005, inicio da construção do quartel, dos 8 autos de medição apresentados pelo empreiteiro à Direcção da Associação, o primeiro foi feito no dia 11-02-2005, esta só enviou 5 autos, no dia 23 de Dezembro de 2005 para a Câmara Municipal.
Até Junho de 2005, o empreiteiro facturou aos Bombeiros 201.456,63€, o Ministério da Administração Interna transferiu 164.000,00€ (40% da sua comparticipação) e a Câmara Municipal teria transferido 60.436,99€, se os autos tivessem dado entrada a tempo e a horas.
Resumindo, até Junho de 2005 o empreiteiro facturou 201.456,63€ e a Direcção da Associação poderia ter recebido 225.236,99€. Qual foi a necessidade de ter contraído um empréstimo no valor de 75.000,00€? A resposta é só uma. Foi para em 2005, ano de eleições autárquicas, o Sr. Adelino Soares, cabeça de lista pelo PS à Assembleia Municipal, poder dizer que teve que contrair um empréstimo porque a Câmara Municipal estava em divida para com a Associação relativamente à construção do quartel dos bombeiros.
Este senhor não se coibiu de prejudicar a Associação com os juros do empréstimo, para tentar tirar dividendos políticos.
Esta sua forma de estar na política não é de estranhar porque aconteceu o mesmo quando foi presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas.
6- O PS afirma que o dia 18 de Julho “seria um momento e oportunidade para a realização de um protocolo que traria um reforço de verbas de 170.000€ aos bombeiros”
Mais uma mentira. Não é verdade que o despacho nº 14398/2009 diz que,”….torna-se indispensável celebrar adendas aos respectivos contratos-programas, com fundamento em erros e omissões dos projectos, em problemas geotécnicos ou na incapacidade de as associações humanitárias de bombeiros fazerem face aos encargos necessários à conclusão da obra….”? Não é verdade que o mesmo despacho diz, “A comparticipação financeira adicional do Estado, para cada uma daquelas associações humanitárias de bombeiros, será assegurada até 170 mil euros, garantindo-se a inscrição daquela verba no PIDDAC do Ministério da Administração Interna em 2009 e 2010”? Não é verdade que, como diz na portaria, “As adendas a estes três contratos-programa devem garantir exclusivamente a funcionalidade das estruturas operacionais de cada quartel de bombeiros”?
A verdade é que os trabalhos a mais, por erros e omissões dos projectos não chegam aos 40 mil euros! A adenda ao protocolo pode eventualmente, ajudar a pagar os encargos da Direcção da Associação com a construção do quartel, que era 80.364,90€, mesmo que pague na totalidade, o valor a disponibilizar pelo MAI não vai ultrapassar os 120 mil euros e só em 2010, porque o PIDDAC de 2009 já está encerrado. Se esta adenda ao contrato-programa, só garante o pagamento de verbas que tenham a ver com a funcionalidade das estruturas operacionais dos quartéis. Quem vai pagar as alterações sem qualquer utilidade operacional, como por exemplo aquele monumento, que o Sr. Adelino Soares fez a seu belo prazer?
7- Terminamos, usando as mesmas palavras que o PS utilizou, a população do Concelho percebe este tipo de actuações mesquinhas que não têm outro objectivo que não o ataque pessoal, vingança e proveito próprio numa altura eleitoral delicada, esquecendo-se que com esta atitude está a prejudicar a instituição e mais grave ainda, os próprios Bombeiros.